Raízes da Violência, Vozes da Mudança: o trabalho de Letícia Araújo sobre a violência nas escolas e a formação transformadora da EBPÓS

A violência escolar é uma realidade que não começa na escola. Ela começa muito antes. Começa nas desigualdades, na ausência de escuta, na formação de vínculos fragilizados e na reprodução de silenciamentos históricos. Letícia Araújo, aluna da graduação em Pedagogia da Faculdade EBPÓS, compreendeu isso com profundidade ao propor seu trabalho sobre violência nas escolas. Não como um levantamento superficial de agressões, mas como uma análise do sistema que permite, esconde e, muitas vezes, normaliza essas violências. A pesquisa parte de uma realidade urgente: o aumento de 50% nos casos de violência escolar no Brasil em 2023. Mas Letícia vai além dos números. Ela investiga o que está por trás disso. O que estrutura esse crescimento? O que a escola está (ou não está) fazendo para reagir? Quais são os sinais ignorados que precedem as situações-limite? O estudo revela que a violência escolar é multifacetada. Pode ser física, verbal, psicológica, simbólica. Pode vir do aluno, do professor, da gestão ou da comunidade. E não se trata de casos isolados, mas de um fenômeno estrutural que revela a fragilidade das relações e a ausência de uma cultura escolar baseada em escuta, empatia e prevenção. Letícia organiza as causas com precisão: * Falta de investimento consistente em educação, o que compromete a infraestrutura e a formação docente; * Desigualdade social que atravessa o cotidiano do aluno e afeta diretamente sua relação com a aprendizagem; * Falta de segurança pública, especialmente em regiões periféricas; * Presença de bullying e cyberbullying, muitas vezes ignorados ou subestimados; * Disseminação de drogas no entorno das escolas, criando um ambiente de medo e vulnerabilidade. Mas o diferencial do trabalho está no encaminhamento. Letícia não para na crítica. Ela propõe solução. Aponta que o papel da gestão escolar é essencial, mas não pode ser solitário. É preciso capacitação constante dos professores, formação de lideranças dentro da escola, construção de uma cultura institucional de escuta ativa e intervenção precoce. A violência não acontece de uma hora para outra. Ela é anunciada em comportamentos, ausências, silêncios. Letícia defende, também, que o aluno precisa ser visto como sujeito integral: com história, contexto, dor e potência. Isso muda a lógica da disciplina baseada na punição para uma pedagogia baseada no vínculo e no pertencimento. A escola precisa formar, mas também cuidar. Esse olhar só é possível porque Letícia não está apenas aplicando uma teoria. Ela está atravessada por uma formação que a prepara para enxergar onde poucos vêm. A EBPÓS, como instituição formadora, tem um compromisso com o concreto. A formação em Pedagogia da EBPÓS coloca o profissional diante dos problemas reais da educação e o desafia a produzir soluções com impacto. Na EBPÓS, o educador não sai apenas com ferramentas didáticas. Sai com postura, com estratégia, com responsabilidade social. O trabalho de Letícia é reflexo direto dessa formação: um estudo aprofundado, aplicado, embasado, que pode ser usado por escolas de todo o Brasil como referência para repensar suas práticas. Mais do que um trabalho acadêmico, o que Letícia produziu é um plano de ação para escolas que querem mudar. Para educadores que não querem mais ser parte do problema. Para instituições que entenderam que o pedagógico e o emocional caminham juntos. A EBPÓS se orgulha dessa entrega. Porque cada aluno que produz um trabalho como esse é uma semente de mudança plantada no solo certo. E quando o mercado recebe um profissional EBPÓS, ele recebe um agente de transformação.